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Vozes e Visões

Notas artísticas e suas relevâncias

 

A urgência com que introjetamos, concomitantemente, ideias e impressões sobre pensamentos e sobre obras artísticas estão nos fazendo remontar a um período em que sentimos vontade de fazer arte, ou, no mínimo, folhear catálogos e revistas especializadas com descrições didáticas e idílicas que nos levam a refletir sobre a grandeza e sobre o detalhismo de períodos e escolas.

Enquanto isso aprendemos a subjetivar e relativizar significados, a compreender que existem públicos diversos  e protagonistas de suas próprias interpretações, e que as escolas e os períodos, juntamente com seus artistas, se tornaram muito mais do que telas figurativas, mas inspirações para outras linguagens, como o cinema, o teatro, a literatura, a dança e multimeios.

A expressividade para além do clássico, configura uma moderna e democrática características do pensamento e do fazer artístico.

Aprendemos também que o pensamento e a herança ocidentais são tão somente uma parcela de um espectro criativo que abrange culturas, línguas e identidades nos 6 continentes e que, embora contribuinte para o desenvolvimento do pensamento crítico, hoje nos permite inclusive ponderar, relativizar e repensar esse pensamento e empoderar outros pensamentos que ainda estão distantes do alcance global. 

Esta curadoria quer enaltecer o artista comum, o artista doméstico, o artista professor, o artista outsider, o artista periférico e o artista que ainda acreditam e lançam sobre si a beleza da sua mensagem e da sua criatividade que, não menos mensageira, se desafia resistentemente em meio aos conglomerados das mídias televisivas e digitais.

O artista quer constantemente expressar, se comunicar, pois a arte só se torna arte a partir do momento que se comunica, exterioriza sua mensagem, com criatividade e sentimento. Não façamos acepção de conteúdo, não façamos acepção de mérito, e vamos tentar trazer à memória aquela arte como aquela nossa velha amiga das escolas e dos periódicos. 

Mesmo em meio a era das tecnologias e suas linguagens, e os pensamentos artísticos e acadêmicos muito mais descolonizados e diversificados, e consequentemente muito mais democráticos e virais, e viscerais, acredito que sempre teremos espaço em nosso imaginário_ e no nosso coração_ para linguagens e objetos uns tradicionais, outros marginalizados, mas na mesma medida significantemente importantes para o público final, seja numa tela de computador, num livro, na escola ou num grupo de pesquisa e discussão.

Newart.city
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Ator, diretor, produtor, dramaturgo e professor.

 

Nascido em 09/12/1980 na cidade de Sanclerlândia-GO, e criado na cidade de Goiânia-GO. Bacharel e licenciado em Artes Cênicas pela UFG, especialista em Gestão Cultural pelo SENAC DF e mestrando em Artes Cênicas pela UNB.

 

Começou a carreira de ator em 2000, juntamente com a faculdade de teatro, e a partir de então inúmeros trabalhos relacionados à academia e a prática de palco. Desde 2004 exerce a função de professor, na qual vive um eterno conflito entre o ensinar e o fazer artístico.

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